Poemas II



Mesa de Bar


Olhar distante
Sem ver o que está presente
Na solidão da mente
Divagando lentamente
Por mundos sem denominação
Sem paradas para a preocupação
Nem remédios de solução
Até que a amizade se faz presente
E em sua sinceridade
Vem a dosagem da verdade
Que amenizará
E quem sabe até ajudará
A sair da divagação
E retornar ao mundo da realidade
E da verdadeira amizade
Pelo mão do amigo
E de seu ombro em disponibilidade
Encontro junto contigo
Quem sabe refletida
Na bebida a ser ingerida
A orientação para o coração
A fórmula da solução
Quem sabe dois dedos em gesto de bênção
E o remédio para desilusão
Também na mesa do bar
Não é impossível encontrar
O doce olhar
E o beneplácito a orientar
Daquele que de braços estendidos
E mãos cravadas a sangrar
Mostrou os caminhos aos perdidos
E todos por sua morte a salvar
E assim tendo certeza da união
Faço questão
E contando com sua permissão
Com você dividir e com prazer
A conta do bar e esse diálogo de irmão.

Lúcio Reis
Belém, Pará
04/08/08

 

Céu e Inferno

Desde que te encontrei
Do inferno, ciência não tomei
Mostrastes-me sempre o céu
Pelo cativante olhar teu
Nos doces beijos que me dá e deu
Nos carinhos que me afogam
No prazer que é, ao teu lado viver
Inferno para quê?
No nosso céu nã há lugar para o sofrer
Pois se dor houvesse, paraiso não seria
Lágrimas! só aquelas que vem da alegria
Fomos e somos por Deus abençoados
Às pequenas pedras tropeçadas
Mesmo que nossos pés tenham ferido
Serviram como pedaços diferenciados
Para que em pequena porção
Pudéssemos saber como é o inferno
E nessa comparação
Conhecermos o verdadeiro valor do amor
Que brotou no jardim de nosso coração
Pois é num único coração, que vivemos no céu
De nosso eterno amor, a imensidão.

Lúcio Reis
Belém, Pa
03/08/08

 


The Beatles

A humanidade caminhava por uma estrada
Os olhos no futuro e o amor no coração
De repente 04 meninos passaram a gritar por socorro
Em suas línguas "help"  pediam ajuda
Depois passaram a falar a linguagem da emoção
Palavras de amor, em canções sem medo e sem horror
Agitaram, por onde seguiram, a multidão
Corações de uma juventude reprimida
Que queria ser livre e viver sem tabu, sem limitação
E fazer de si o que quisesse e também de sua vida
A mudança também veio na imagem e apresentação
As cabeleireiras longas para o homem, uma inovação
Para os vovós, uma agressão
A cada composição, uma explosão
A cada acorde das guitarras, um delírio e muita emoção
Agradeceram em oração ao Grande Criador
E My Sweet Lord, foi a oração e ao Senhor o amor
Compuseram e cantaram a casal de namorados
Michelle e a Judy, inspiraram a composição
Louvaram a mulher, esse ente divinal.
Criação de Deus e sem igual
E assim, fizeram a humanidade tomar um atalho
Daquela estrada que a levaria para outro futuro e diferente
Quem sabe de um roteiro cheio de ato falho
E por certo totalmente oposto ao nosso presente
Que conta com os cabelos brancos mais felizes
De uma geração que não cometeu deslizes.

Lúcio Reis
30/07/08




Lindo Sorriso




Não resisti ao contágio

Original, portanto, sem nenhum plágio

Espontâneo e cativante

Acariciante e envolvente 

Ao perceber-se é confiante

Demonstra um ser vivente

De bem com o mundo e toda gente

Transmitindo alegria

Vivenciando o amor

Vislumbrando um mundo feliz cada dia

Transformando horrores em amor

Felicidades em todos segundos e a todo momento

Acredito que você já tenha percebido

Pois estou falando do lindo sorriso

De nossa poetisa Teka Nascimento.


Lúcio Reis
Belém, Pará
23/07/08





Sadismo



A humanidade que, a cada fato vivido indica

É por excelência intrinsecamente sádica

E os exemplos demonstrados, desde há tempos

E creio que a mais convincente emolduração

Ocorreu sob Pôncio Pilatos, quando lavou as mãos

Sob a pressão da enlouquecida multidão

E todos os dias de hoje, testemunhamos

fatos dessa ação

Quando o humano protagoniza

irracionalmente séria lesão

Nos relacionamentos entre pessoas ditas sãs

Entre estas e os bichos domésticos ou não

A turba que comparece aos constantes rodeios

Aplaudindo e se satisfazendo

alucinadamente com a judiação

Contra novilhos, bovinos e equinos, tudo sem razão

Vibrando com irracional e sadismo de satisfação

E não esqueçamos a matança de focas e baleias no mar

Mas o que não se compreende, no entanto nesse mal

É que a maioria vai ao templo com a biblia na mão

Prostrada em devoção, orando e louvando ao vento

Como verdadeiros e reais cristãos,

fieis humildes em total recolhimento

Não importando a igreja ou a religiosa denominação

São cordeiros, mansinhos,

salvos e anjos com divina iluminação

Incapazes de ofender um inseto,

ou rastejante pelo chão

Mas nos rodeios, lobos vorazes

testemunhando maldita judiação

Ovacionando toda a maldade

e aplaudindo com toda ebulição

Dando-lhes vida e atiçando outra

e mais outra programação

E portanto de triste incoerência

e alucinada agitação

São mesmo racionais?

Pois no olhar e no coração não o são.


Lúcio Reis

23/07/08





Partida



Real e deveras entristecido
Assim me deixou a noticia de sua partida
Aprendi a te admirar, através de cada PPS formatado
E virtualmente formatamos nossa amizade
A tua sensibilidade colocava em tuas mensagens
Fundos musicais que nos tiravam o chão
Tamanha a emoção que invadia nosso coração
Por esta telinha, quando em Cidreira pude te ver
E também a tua família com prazer
Privilegiado tenho criações minhas com tua formatação
Que me encheram de satisfação
Lamentando sinceramente tua subida
Não poderia deixar  de atender a minha emoção
E registrar com toda sinceridade
Que sinto muitíssimo a ausência de sua amizade
E dizer com verdadeira emoção e verdade
A sua esposa e filhos, minhas condolências
E quando encontrares o nosso Jesus, prezado Jesus
E Ele vier ao teu encontro numa feliz recepção
No santíssimo jardim celestial e lá, deixarás de ser Prado
Para te tornares mais um mimo do Senhor
E assim não serás mais também um Amador
Pois o amigo terreno é que em nossas lembranças ficará:
O Jesus Prado Amador

Lúcio Reis
16/07/08



Doce Miragem


Como testemunho as plácidas águas da baia
Num quente por do sol, ao norte se lia
Dois corações se encontram e se alegram na tarde
Sorvendo o doce brinde na taça da amizade

Seu olhar divagava no horizonte a procurar
Ou pretendendo entender a força do amor
Que pelas mãos divinas, aproxima e faz encontrar
Dois seres que até então seriam doce miragem sem cor

Hoje também denominam amigos virtuais
Mas que, a intensidade do gostar desfaz
Distancias e aproxima faces ao roçar labiais
Consagrando amizades que até na eternidade viveras

Nessa doce miragem vivida no outro extremo
Que foi aqui no norte mas, até do termo o inverso
Quem logrou toda alegria e  o sucesso
Foi meu ser, com indisfarçável prazer, e expressão do termo

Pois foi-me dada a oportunidade sem deslize
De estar desfrutando a doce presença da Ilze
Essa meiga e doce poetisa, de olhos cor de flores
E que se assina complementando-se com o Soares.

Lúcio Reis

04/07/08

Nota do autor: O texto a seguir, escrevi em homenagem ao amigo virtual, residente e domiciliado em Fortaleza - CE, com o qual fiz muitas parcerias em várias composições e, com prazer deixo à nossa amizade esta simples criação.



Maravilhoso Bernardino!



Falar em figura de linguagem
De amor e solidão, usando até a penugem
Da ave que vai longe, bem lá  na altura
Voando pela imensidão na asa da ternura

O roteiro deixado pelo amor
Riscado pela paixão
Que se inicia com os pés no chão
Quando se conhece a desilusão e a dor

Conhecendo-se o sentimento aqui embaixo
O decolar em busca de grande sonhar
É vivência que pode machucar
Mas que haverá recompensa, haverá, assim eu acho

Nos devaneios de meu vagar
As perceber o falcão em seu reto voar
Lembrei-me que a vida ao iniciar
Era um voo errante, sem saber onde chegar

Hoje, na escola da vida e nas asas do aprender
Em vésperas de formatura e do curso a conclusão
Pode-se acreditar ter lido e aprendido a lição
Pois como falcão consegue-se melhor a vida ver

O interessante desse voo e roteiros
Também são as amizades encontradas
E os enormes amigos e companheiros 
Com quem construimos essas vitoriosas caminhadas.

Lúcio Reis
02/07/08


Nota do autor: O texto abaixo escrevi em agosto de 2008.

Eu te amo!



Sempre te amarei, quem sabe te adoro
como se fosses uma deusa, à quem oro
 Não és, pois sei, sinto por ti uma louca paixão
Mas nem imagino sentir longe de ti meu coração
Tua linda face e teus olhos distantes de minha visão
E de teus lábios privando-me de teus beijos ardentes
Que me transformariam num dos  seres mais carentes
E que ao ouvir canções que falam de amor
Sobre mim se abateria profunda dor
A cravar em meu peito lâmina cruel
Extraindo de meu ser o certificado
Dessa imensa e quem sabe insana paixão
Que nos tem acompanhado
Percorrendo do mundo, a inimaginável imensidão
Com momentos de profunda mansidão
De alegrias e doce satisfação
A arrancarem do meu ser
A todo segundo, mesmo sem eu saber
Logo, livre e espontâneo, à quem pretender ler
Esta minha declaração:

Eu te amo!


Lúcio Reis.

 
Enamorados
  




  Namorar é um lindo relacionamento de sentimentos
  De simpatia, de atração e afinidade
  Que se inicia na energia que brota no coração
  De duas íris, coloridas ou não, adolescentes na idade
  Com caricias e meigos momentos de enlevação
  As lentes que se abrirão à paixão
  Naturalmente permitem uma azul mirar a castanho
  A negra afinar-se com a escuro
  E a embalagem não importa o tamanho
  Podendo ser um envólucro gigante
  Ou mesmo frágil e esguia caixinha
  A intensidade do amor é que é importante
  Namorar também é o trocar energia
  Que a cada instante juntos ou não fará a magia
  De transformar duas, em única alma
  Selando a cada dia de dois seres a vivência
  Que com muita e toda calma
  Não tem pressa à alcançar a eternidade
  Mesmo quando de cada um, a identidade
  Fique guardada no pó da humanidade
  Sobrevivendo assim e para sempre a energia
  Que principiou no namorar
  Construiu o amor e, para sempre viverá.

  

Lúcio Reis
22/06/08

Nota do autor: Escrevi o texto abaixo há seis anos, apesar de que muito houve e mudou, mantenho meus sentimentos, pois neles mudanças não houveram.

 

Reflorescendo

 
 As mais belas flores do mundo
Estarão novamente nossas vidas adornando
Seus perfumes em sorrisos e algazarras 
encherão nossas dias
É primavera, é época de flores de carinhos
A festa será de lágrimas e sorrisos
De alegrias de comemorações
Que aqueles mesmos corações
Que explodiram de saudades e fortes emoções
Na despedida sofrida, dolorida
Agora serão pequeninos para receber a imensidão
Dos sorrisos, dos choros e traquinagens
De irrequietas preciosidades e presentes de Deus
E tudo se iniciará quando aqui chegarem de suas viagens
Vindas de lá de baixo aqui para cima, para nosso amor
Como joias de valor incalculável
De seres especiais e palpáveis
Que só podem ser compreendidos
Avaliados e muito adorados
Por quem é e tem a felicidade de ser avós e avôs
Pois falo com emoção nas palavras desta
Composição que com especial criação
Escrevi e dedico de coração
As três florzinhas de minha existência
Amanda, Lívia e Rebeca, as adoráveis
Deste bobo vô, as netas.

Lúcio Reis
22.06.08


Lago encantado


Como espelho, tua imagem refletia
E teu lindo e doce sorriso eu via
Meu coração feliz  e em paz sorria
Então tive certeza a felicidade existia
Ao meu alcance e de mim apenas dependia
Bastando o teu carinho com amor
Deixar penetra em meu peito 
que de satisfação mais forte batia.

Lúcio Reis

11/06/08



É Domingo


Vamos tudo outra vez iniciar
O que passou e ficou, deixa para lá
Viver e acreditar é que vale exercitar
Juntemo-nos a união é que legal
Amanhã, ao despertar
Antes dos olhos arregalar
Pois a vida linda é que vais enxergar
Agradeça mais uma oportunidade
Mesmo que haja dificuldade
Todos a temos e a vivemos
Mas amanhecer vivo, já é outra oportunidade
Abra a janela para a alegria
Mesmo que a temperatura esteja fria
Aqueça-a com sua vibração
Esquente-a com seu otimismo
Acredite em seu coração
Creia que viver já é um lirismo
E quando o por do sol voltar
Verá que você é um ser vitorioso
Olhe para os Céus e Jesus louve em seu cantar
Enxugue as lágrimas de rosto choroso
E coloque o sorriso pela oportunidade de amar.
E viva, amanhã, depois e sempre com fé.

Lúcio Reis
08/06/08



A Vida é Linda



Amanheceu, o céu convida a cantar, a viver
O astro ilumina a retina e traz alegria
E por isso a Deus, devemos e vamos agradecer
Tudo é real, o amor existe, não há fantasia
Olhemos apenas o lado que pulsa e brilha
Vejamo-nos cada um, uma estrela que irradia
Carinho, amizade e amor por onde se caminha
Aproveitemos cada passo para o amanhã
Para o estender a mão e sorriso ofertar
Não deixemos que os males humanos nos acompanhe
Mas, ao se aproximarem, cantemos-lhe o amor
Quem sabe eles possam se transformar
Ao sentir e saber que há o gostar a paixão
E também quando perceber e sentir o perdão
Embarque no romantismo da canção
E façamos todos um coro, cantando com lentidão
Pois a vida é linda, mas se vai e passa rapidamente
Porém o perdoar deve ser urgente e sincero
Para que muitos possam compor nessa união
De fraternidade, de sinceridade e muita amizade
Com fundo romântico em italiano ou de outra nação
Por que para o amor não há distinção e nem nacionalidade.


Lúcio Reis
01/06/08



QUE MAL ENTENDIDO

Enganou-se, seu coração não entendeu
Jamais partiria e, se por ai saí
Fui em busca da compreensão
Pelo seu amor em tamanha dimensão
E quando minhas lágrimas caíram
Em meu ser atormentava essa enorme interrogação
Ao afastar-me de seu pulsar
E não mais seu perfume me tocar
Nem seu doce hálito sentir ao seu falar
Abateu-se sobre mim tristeza sem fim
E então vi a ironia em mim
E ao vê-la também sofri
Mas antes que a estrada findasse
Olhei para trás e não te vi
Olhei para os lados e não te senti
E para que depois não sobrasse só lembranças
E com estas só a saudade
E quem sabe depois só desesperanças
Descobri que nada preciso compreender
Não há que se morrer de saudade
E antes que a estrada acabasse
E teu amor por mim terminasse
Virei as costas para o fim de nosso amor
E de frente, com os olhos em tua direção
Volto em busca de teu doce e amado coração.
Receba-me, te peço, com a mesma paixão.

Lúcio Reis
29.05.08

Fim de mais um dia


Mais um dia que se vai e juntos estivemos
Amanhã tudo novamente recomeçaremos
As esperanças de um melhor futuro
O desejo de mais entendimentos
Que os seres se perdoem e se amem 
Para que despedidas não mais ocorram
E lágrimas de dor não rolem
Mas apenas o amor haja entre todos
E o romantismo engrandeça os abraços
E a sinceridade traga a felicidade
Com ela venha o largo sorriso e a satisfação
Que só fortalecerá em cada um o coração.
Para você o meu carinho com emoção.

Lúcio Reis

Belém, Pa


Não é solidão




Esvaziei a mente, enchi o coração

Daquela retirei todas as preocupações

E este de carinho, esperança e suave emoção

Assim, senti-me no ar a planar

Com tamanha leveza e na mão a certidão

Que certifica ser o amor o caminho e é a solução

Especialmente se olhar o semelhante com atenção

A ele abrir a mente com sua aceitação

Na ação receitada ou recomendada

Não haverá em tempo algum a solidão

O sofrer não terá vez, estará dispensado

Pois no amar, quanto mais é dado

Nenhum ser perde nada ou fica isolado

A energia cósmica da união

Inclusive da amizade, da fraterna ou da paixão

Incumbe-se de promover a pessoal realização

E com certeira convicção ocorrerá plena satisfação

A leveza de espírito e a paz no coração

Sem dúvida tédio ou melancolia

Serão estados que não entrarão no seu dia a dia

Impossível será olhar a natureza com apatia

Sentimentos negativos não se aproximarão

Pois a fortaleza ou a muralha construida

Com o bem querer abençoado da união

Eterno, bendito e louvável será

E agradável companhia sempre haverá.


Lúcio Reis
16/05/08
 



Pra que brigar

Opte pela produção de doce emoção
Esqueça a adrenalina da raivosa ação
Estenda para o carinho sua mão
Não a feche para a agressão

É mais fácil lado a lado caminhar
É mais fácil a amizade cultivar
Não suba no ringue da guerra para lutar
Não se deixe matar e a ninguém queira exterminar.

Com o olho direito veja com carinho e muita cor
Com o olho esquerdo com respeito
Com o lado esquerdo do cérebro dedique amor 
E com lado direito acolha todos no peito

Não feche à amizade seu coração 
Mas feche seus olhos para ingratidão
Ame sempre o quanto puder e oferte o amar
E despreze sempre o irracional querer brigar.

Lúcio Reis
06/05/08


  Senhor Deus

Olha o teu rebanho em que estrada caminha
Seus pastores ao que parece não o convence
Pelo desamor e tudo de ruim que acontece
Talvez eles não estejam sabendo cantar a ladainha.

As guerras em nome das religiões já são normais
Matarem-se uns aos outros são fatos banais
Quem administra o que é de todos nós
Agem desonestamente e se tornam de cada um o algoz.

Os jovens estão trocando suas liberdades
Cada vez mais e a cada noite, pelas inverdades
Que o pó e as pílulas apregoam
Acreditando que uma sereia não os magoam.

Subistes esplendorosamente
Deixando-nos a correta lição em nossa mente
Mas, como tudo ocorre maliciosamente
Todos esqueceram-na vergonhosamente.

Creio que só haja uma solução Senhor
Novamente deixar Teu Filho descer
Mostrar aos corações sem sentimento e sem cor
Outra vez tudo o Seu padecer.

Pois a bíblia que nos delegastes
É fonte de riqueza e opulência
Aquela pobreza e humildade que pregastes
Ih! Senhor para os "donos dos púlpitos" é virulência.

Os "salvos" vendem tua palavra descaradamente
Constrangem, e enganam vendendo a salvação
Para aqueles humildes que de ti buscam o perdão
E creem nos charlatões fraternalmente.

Volta, por favor, querido Senhor!



Lúcio Reis

Belém, Pa

09/09/07





As cem razões do amor


Para te, ou a alguém amar
Posso enumerar
Não uma razão mas, muito mais
Que não saberia contar
E nem limite a determinar
Sei que para o amor
Não há porquê e nem por que
Ele é ao mesmo tempo flor, cor
E também espinho e dor
As vezes é interrogação
E simultaneamente exclamação
Para todo bem querer
Ser amante é humano
Mas pode até ser espiritual
Não há necessidade de cifrão
Não precisa de emolumento
Pois não é caixa de recebimento
Amor, paixão e apenas compreensão
Não há custo e nem etiqueta de preço
Inexiste barganha e não há leilão
Só importa o carinho e o apreço
Pois ama-se até quem desconheço
Quando olhamos o arco-íris
Entende-se até ser o amor multicolorido
Assim como os seres o são em sua tez
Amarelo, branco, negro, mulato ou pardo
O que importa é ser querido e muito amado
E guarda-lo no coração
Envolvendo com  muita emoção.

Lúcio Reis
27/08/07

 

Nota do autor: Conheci o Jesus Prado Amador, via internet, lendo suas formatações sensacional em PPS. Ele residia no Rio Grande do Sul e a meu pedido formatou composições minhas o que, para mim, foi um presente sensacional. Infelizmente, prematuramente ele se foi, pois depois cheguei a visitar a sua terra e teria ido conhece-lo pessoalmente e como homenagem, apenas foi-me possível escrever, o que hoje lhes apresento. Certa vez, ele mostrou-me uma foto sua com sua família:

Partida


Real e deveras entristecido
Assim me deixou a noticia de sua partida
Aprendi a te admirar, através de cada PPS formatado
E virtualmente formatamos nossa amizade
A tua sensibilidade colocava em tuas mensagens
Fundos musicais que nos tiravam o chão
Tamanha a emoção que invadia nosso coração
Por esta telinha, quando em Cidreira pude te ver
E também a tua família com prazer
Privilegiado tenho criações minhas com tua formatação
Que me encheram de satisfação
Lamentando sinceramente tua subida
Não poderia deixar  de atender a minha emoção
E registrar com toda sinceridade
Que sinto muitíssimo a ausência de sua amizade
E dizer com verdadeira emoção e verdade
A sua esposa e filhos, minhas condolências
E quando encontrares o nosso Jesus, prezado Jesus
E Ele vier ao teu encontro numa feliz recepção
No santíssimo jardim celestial e lá, deixarás de ser Prado
Para te tornares mais um mimo do Senhor

E assim não serás mais também um Amador
Pois o amigo terreno é que em nossas lembranças ficará:
O Jesus Prado Amador


Lúcio Reis
16/07/08


Nota: Apenas uma coincidência: o que abaixo vou publicar hoje, escrevi exatamente há 06 anos:



Malucos e loucos

Todos nós com certeza sem nenhuma lucidez
Não conseguimos mais discernir uma emprenhez
Com ternura amor e muita dedicação maternal
Pois com convicção, a cria tem desconfiança filial
Não é mais lambida, acariciada e protegida
É estupidamente asfixiada e assassinada
Mudaram os tempos? Os seres foram transformados?
Em que? perguntamos! Em feras alucinadas?
Descontroladas, embriagadas
Iniciou-se, por ocaso, o fim da humanidade
O amor, a paixão a gentileza e a amizade
Já foram engolidos pelo tsunami da ira, da estupidez
O vendaval dos sentimentos frios da matemática exata
As claras e sem nenhuma desfaçatez
Do cálculo em resolver incógnitas de um simples 'X'
Mesmo que o 'X' seja um coração 
que pulsa u'a alma que grita
E depois de toda barbárie, 
apague-se o rascunho com se de giz?
A vida é real, realmente é de Deus um presente
Para ser vivido com divisão de amor, de ternura e razão até
Não pode ser dilacerada com uma garra ou por afiado dente
Vamos gritar a todo pulmão e mostrar nossa fé
Para que retorne para nosso meio com ou sem lucidez
O entendimento, o amor, a amizade
Mesmo que possamos depois, nos entender e dizer
Que somos malucos ou loucos reais
Mas cultivando amores e amigos leais.

Lúcio Reis
 27/04/08


Tropeço


Há muito, todos pedem e eu também peço
Unindo meu grito, ao de todos em clamor
Não aperte outra vez esse gatilho da dor
Já chega de tanta maldade, lágrimas e tropeços.

Será que vamos esperar no pescoço
O engasgo da estupidez como um laço
A cegueira da devastação pela fumaça
O caule estendido no chão e a motosserra como taça

A desigualdade extrema é real e total covardia
O egoísmo de poucos em tudo ter à mão
Enquanto a maioria não pode ter todo um dia
No amanhã bem perto, terão o castigo como em sermão

É a lei da vida e do viver em relação
Tudo é de todos, o oxigênio como bênção
O sol, o céu, o mar não há o que pagar
Basta respeitar, saber ter e usar

A chuva lava indistintamente cada ente
O vento sopra para a lágrima secar
Seja de dor ou felicidade, é irrelevante
Pois o amor de Deus é total e abrangente.

Lúcio Reis
Belém, Pa
27/04/08


Mãe


Necessita como nunca de reflexão
O dia em que a ti dedica-se a celebração
Os sentimentos puros de teu coração
Está havendo uma séria modificação
De tua alma onde só devia permanecer o amor
De peito onde o natural era a ternura e muito amar
E no teu colo, berço e proteção
Estão pretendo tudo modificar, acabar
Metamorfose em teu instinto maternal
A sociedade dos insensatos tenta aplicar
Mas neste maio, de flôres e de sentimentos verdadeiros
Puros e cristalinos como a água na fonte
Vamos reiniciar, quem sabe reinventar
A formula que só Deus soube criar
Dando-te o mãe, a eterna paciência de elaborar
Trazer ao mundo  e com carinho mimar
Teus filhos, protegendo-os de qualquer maldade
Mesmo que muitos, até sejam ingratos
Não impede de teu seio dar-lhes amor com grandiosidade
Pois na fórmula escrita pelo Pai e para a eternidade
Fostes criada como ser de infinita e rara preciosidade.
 
Lúcio Reis
Belém, Pa
27/04/08


Quero!



Quero-te vestida

Mas transparente totalmente

Desejo sim desnudar-te

A cada gota de suor

Na lascívia de amar

Do roteiro da paixão

Da entrega total da alucinação

Do desvairo de amante

Percorrendo lentamente

Cada labirinto oculto da visão

Seguindo teus ais e sussurros

Levando-te com atos macios e lentos

Marcados e umedecidos pelo teu gotejar

De prazer e de loucura

Ao te desnudar

Agora já pronta para o amor

Vejo a fera, fêmea domada

Pelo carinho e pela paixão

Dividindo seu leito

Oferecendo-me sem pudor seu peito

Variando de posição

Sem a presença da razão

Comandada agora só pelo tesão

Confundindo os teus gemidos

Como gozo da loucura

Do percorrer de minhas mãos

Nas entranhas do teu ser

Através dos vãos do teu corpo

Entre a maciez de tuas coxas

Abrindo portas com a chave

Do erotismo balbuciar e do cantar

De carinhosas palavras

Sabidas de cor na ponta da língua

Provocando-te viagens às estrelas

Ao mar, a terra e ao céu

E que mesmo de olhos cerrados

Conseguirás ver seus brilhos

E por inteiro todas vê-las

Para depois em meus braços adormecer

E em teu seio meu repouso fenecer

E em teu ventre minha semente percorrer.

Lúcio Reis

Belém, Pa

27/04/08


Um lugar de paz



É onde sua visão ver serenidade
Seu coração sente paz e fraternidade
Os relacionamentos são de amizade
E não há espaço para mediocridade
 Inveja nem pode pensar em chegar
Pois à portaria, postado está o porteiro igualdade
O ódio deve ao largo passar
Pois da festa só participa a lealdade
 Conversar sem informalidade, a vontade
O traje não tem etiqueta e nem variedade
O branco da paz é de preferência e sem ilusão
Mas é bem vindo o amor e o vermelho da paixão
 E para o encontro ter algo em comum tragam penas mil
Mas que sejam todas brancas e ainda no corpo da ave, viu
Pois a apoteose será de uma grande revoada, avalia
De pombas brancas 
para transformar o céu em bela sinfonia.


 Lúcio Reis
04/04/08



Romantismo


Quem se importa que seja de um filme a encenação
Quando há romance, e do amor a interpretação
Não há como não alterar as batidas do coração
O fundo musical sacudindo no ser a emoção
Com certeza transporta a mente para outra dimensão
Volta-se no tempo, passa-se pela idade da ilusão
Para-se na época da fértil imaginação
Em que nos 15 anos de idade
Tudo seria possível, não havia mentira só verdade
Mas depois percebia-se que tudo não passava de um sonho
As vezes doce e legal mas, sem veracidade
E assim o tempo avançou e dos filmes

 ficaram as recordações
As paqueras nas matinês, a marca de batom 

e o perfume marcante
E quando não dava certo e o certo era o "fora'
Batia aquela vontade enorme definitiva de ir embora
E depois tudo recomeçava, com o passar do tempo
Nova paquera outras emoções
Mas a máquina estava forte e as vibrações 

não destruíam os corações
E o vento levou os anos e tudo não passa de românticas recordações.

 


Lúcio Reis
31.03.08


Ratinho Branco


Ratinho branco, que "lindinho"!
Feroz roedor,
e que enorme destruidor
Tão pequeninho, sem gracinha
Mesmo que se lhe coloque
uma trancinha
Continuará caçado pela gatinha


Lúcio Reis
30/03/08




Amor pela internet



 
Nada terminou, pois mal começou
Só! não estas, olha ao seu lado
E sinta de minha presença a vibração
Do verdadeiro sentimento
Aquele que emana do coração
Totalmente revestido de carinho e atenção
Dê-me sua mão, e passeando pelo calçadão
Vamos desvendar os segredos do luar
Que transformam em magia o muralhar das ondas
E atiça a emoção de uma paixão
Nesse vai e vem sobre a praia até alcançar o paredão
E no avançar e descer da onda poderás
de mim saber e até me conhecer
Na importa se o amor chegou ou nasceu pelo computador
O que importa é que ele existe e mesmo virtual,
é apenas o estágio para o real
O amor não admite apenas um Nick,
ele é capaz de tudo transformar
Mesmo que pretendamos mudar sua fonte,
marcar e apagar
Não será possível pois no disco sentimental
Esta tudo gravado e lá ficará
Foi sua transparência que abriu as janelas pretendidas
E através delas a transformei, de todas, em a mais querida
Realizamos o piquenique sim, apenas houve uma questão
Você se distraiu com aquela canção
Com a melodia destroçada,
pela invasão do maldito vírus em ação
Tudo leal, sincero e puro, não houve enganação
Apenas há u'a má interpretação
E nem precisa haver uma outra formatação
Nada foi esquecido, querida
Ligue sua máquina, digite amada
Mande buscar
E logo encontrará o amor
Que na tela de sua alma está registrado
como o mais, e único favorito
E delete dessa página esse sentimento de dor
E de seu navegar mude o sofrer,
retirando-o desse diário rito.


Lúcio Reis

30/03/08

        

Nosso Tango
                                        

 


A música já está no ar
Com prazer lhe convido  a dançar
Vamos pelo salão deslizar
Ao som do bandolion que está a tocar

 Não se preocupe, que não me preocuparei
Vamos os dois juntos dançando a viajar
Por mundos de fantasias que te mostrarei
Em cada passo pela pista a deslizar

 De teu corpo junto ao meu, sentirei
A sensual vibração do tango em cada acorde 
Nessa paixão de amor quente vibrarei
Antes que o instrumento silencie e nos acorde

 Ao término da parte dançada
Agradecerei tua doce e alucinante companhia
E quando te desprenderes de minha abraçada
Sairei do baile feliz e o coração em festa de alegria.


Lúcio Reis
24/03/08



Menina Triste



Eu conheço de sua tristeza, a razão!
Tiram-lhe a boneca de pano e cabelos em trança
E com ela levaram sua ilusão
Deixando essa menina triste na vida, sem esperança

Mas não dê asas a melancolia
Amanhã será um outro e novo dia
E o amor que dedicava ao brinquedo
Transformar-se-á em amores verdadeiros e sem medo

Logo, a menina e irrequieta colegial
Será uma mulher linda, e fêmea completa
Que viverá outros sonhos e paixão real
Quando encontrar o seu, quem sabe do amor, um atleta

A tristeza da menina será substituída
Pela troca de olhares e suspiros enamorados
De uma vida a dois, de jovens apaixonados
Quando ela será a menina feliz e a mulher querida.

Lúcio Reis
24/03/08

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