domingo, 19 de maio de 2019

O Brasil do Agora


Está facílimo o concluir
As razões de quase tudo ruir
Caírem até os valores morais
E crerem serem fatos normais

Em quase duas décadas
São sucessivas derrocadas
Valores deslizando encosta abaixo
Sob imoral comportamento baixo

Vieram descendo, descendo
Os bons costumes morrendo
O jovem, o que é nocivo cultivando
E a sociedade se arrependendo

Mas quase nenhuma reação
Muitos deram-se bem com cada ação
O desmando invadiu cada repartição
E o erário custeando a maldição

O patrono da fatídica orientação
E o seu mais próximo chefão
Na correnteza da destruição
Que legal, agora já estão na prisão

Porém não se pode negar
Muito menos duvidar
Suas influências em doutrinar
São reais e há mentes para enganar

Seus drones são comandados
Do interior do cárcere manipulados
Aqui fora os orientados
Fazem qualquer balbúrdia, os coitados

Sem nada questionar
Se deixam manobrar
Atiram pedras em quem os contrariar
Coiceando quem lhes quer orientar

Não será fácil usar o remédio para curar
Levará tempo para algo mudar
Idiotice não é gripe fácil a sarar
Neurônios aleijados é complicado consertar.
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil, em 19/05/2019.



segunda-feira, 13 de maio de 2019


Já Foram Picados? 


Com raríssimas exceções
Nesses poucos dias de atuações
O que já se viu como reações
De parlamentares recém eleitos
Já mostram por seus feitos
Nos comportamentos com defeitos
Terem sido deverás picados
Severamente contaminados
Pela saliva dos vírus malsinados
Que poluem gabinetes e corredores
Em Brasilia naqueles republicanos poderes
E que cega o politico com mandato
Antes defensor ferrenho e devotado
De cada cidadão de sua comunidade
Que o elegeu representante  do Estado
E portanto do mesmo em cada cidade
Reformar a Previdência já foi explicado
Com palestras, gráficos e tudo desenhado
Para então o cidadão vir a entender
Mesmo com boa vontade o que  ver
Mas Bandidos de ontem falando de honestidade
Quando participaram do trágico funeral
Desta Nação e pisando nossa nacionalidade
Só sendo piada de mente anormal
Pois só não conseguiram jogar terra em cima
Porque Brasil com aniquilação não rima
A compatibilidade que requer a sociedade
É que nesta Pátria pontifique a prosperidade
De mãos dadas com a seriedade
E para os indignos eleitos vermelhos
Em 2022 vamos retirar-lhe o mandato sem atropelos
Pois o que indigna e espanta
Não é a oposição atuar com faca na garganta
Mas sim a ação dos novatos representantes
Ou será que a maioria é de delinquentes
E a seriedade não os vence e suplanta?
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 11/05/2019.



sábado, 11 de maio de 2019


Falando da Cidade onde moro

Certa feita
Já escrevi
E até repeti
Falando da receita
E quando aqui li
Ser diferente, vi
O Pará que é aqui
Tem Belém sua capital
Cidade Morena fenomenal
Com delicias a cada esquina
Pratos à agradar gosto de refina
Em toda e qualquer idade
Desde cabeças de algodão à sapeca menina
Pois são sabores de felicidade
Aqueles terminados em "i"
Açaí, uxi, pato no tucupi
Mas há também a maniçoba
E outras que se não souber dizer o nome
Generalize e fale que é gororoba
Que não ofende com esse codinome
Ah! Aqui tem calor no ar
Toda tarde também há trovão
E manga madura pelo chão
E chuva para o passeio retardar
Tem verde de copa de mangueira
E também sombra de castanheira
Cujo "chá da raiz resolve problema de virilidade"
Comparando em termos de descontração
E brincadeira jocosa e de gozação
Posto que não há calçada bem arrumada
Que não seja deveras arrebentada
Independentemente da idade é levantada
Pela força da raiz do dito vegetal
"Imagina então o efeito sexual no simples mortal!"
É raiz azul com potência a levantar moral
Lúcio Reis
Belém.Pa-Brasil 11/05/19
Publicado como de praxe.



quarta-feira, 1 de maio de 2019


De General a Capitão



O mundo viu de General a Capitão
No intervalo toda sorte de corrupção
De milhares a milhão no bolso, na cueca
Até na meia, no sapato, na mala e na conta do careca


Dificil foi encontrar quem não participou
Corrupto ativo ou passivo se beneficiou
São milhares de delinquentes e bandidos
Até há processo prescrevendo por prazos decorridos


Os tribunais estão abarrotados de ações
Os denunciados e réus surgem aos borbulhões
Não há situação e nem oposição
Há sim absurda e condenável intenção


Ainda que muitos já estão condenados
Desde o mais simples ao mor dos aloprados
O triste a ser contado e falado
É saber haver mãos, cada bandido aplaudindo


Creem cegamente, por que eles dizem, na inocência
Quando se sabe que, ninguem se confessa delinquente
É absoluta e intrigante incoerência
Pois o mau carater não tem nada de decente


A situação se torna estranha ou incompreensível
Quando o racional vê o meliante como invisível
Mas crer em suas declarações piamente
Parece até uma moléstia adquirida mentalmente


Pela reação do que aqui ocorreu
Apos o General que da Presidência apeou e a entregou
Quando a ladroagem tudo corrompeu
Ser ato natural e até honesto quem do erário se apoderou


Ao longo dos últimos anos houve contestação
O cidadão honesto bradou sua indignação
Vendo a cada dia pelo País a grande destruição
No aspecto, moral, familiar, social e em toda direção


Nos poderes poucos ouviram
A maioria prosseguiu sem dar atenção
Ao clamor da sociedade não ligaram
E das urnas veio o voto vermelho como cartão


Houve sim significativa substituição
Ainda não é a ideal mas, é uma iniciação
No próximo pleito quem sabe terminamos a lição
E desempregamos cada indigno politico sem noção


E então eis a opção, surge no Planalto o Capitão
Via urna e até aqui sem carimbo de corrupção
Discurso peremptório, duro, como requer a solução
O eleitor o escolhe como três estrelas da salvação


Sem dúvida desagrada e muito o pessoal da mamata
Óbvio não se entregarão e vão bater muita lata
Inventar, desqualificar, jogar sujo como sabem
Porém, a verdade tem muros fortes e a mentira não convém


O mago sindical já encarcerado
O "Deus" da honestidade inabalada
Ainda conduz alguns como gado
Mesmo já sendo pessoa politicamente acabada


Logo mais terá outra condenação
Ante o cesto de crime cometido
E que só por um já está preso, detido
E logo mais anos de carcere lhe serão atribuídos


Nenhuma sociedade organizada poderá ser governada
Por atos o regras emanadas
De um presidiário no cárcere, sem a mínima noção
Sem valor familiar, ético ou educação


Compus a presente criação, Sr doutor
Por ter recebido hoje uma composição
Adjetivando de burro o eleitor
Que escolheu como Presidente o Capitão


Como votei, não nego, no Militar
Cabe-me pessoalmente o direito de retrucar
Mostrar parte da trajetória do ex, neste espernear
Dizendo não tenho corrupto de estimação para aclamar


Votei sim para mudar
Antes de ver o Brasil afundar
Na lama da corrupção
Que quase aniquila esta Nação


Sem duvida havemos de esperar
Que o atual Presidente venha tudo arrumar
Mande para o olho da rua os maus elementos
Bem como os que querem atrapalhar com indevidos comportamentos


Porém há que se registrar e lembrar
Ficha suja, borrada não pode disputar
Presidiário então, nem precisamos falar
Por isso é melhor mesmo, já ir se acostumar
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 01/05/2019.

domingo, 28 de abril de 2019


Como Entender?

Há muito está deveras complicado
A cada dia mais embaralhado
Valôres morais são metralhados
Sentimentos amorosos são fuzilados

O Brasil é uma grande panela
Fervendo sobre indigno fogão
Forte e destruidora chama sob Ela
Gerando todo tipo de confusão

A “racional” e destemperada oposição
Só tempera com debalde discussão
Questão de ordem é o sal da procrastinação
De quem deveria ser útil representação

Parlamento é por todos sabido
Casa de temas a serem discutidos
Dialogar deveria ser o razoável sentido
Porém, a estupidez é mouca, não tem ouvidos

Sessão, erário e tempo perdidos
Os temas de interesse geral são recolhidos
Fazem oposição sem responsabilidade
A ausência de noção e dignidade fuzilam a sociedade

Ainda assim, democracia é o ideal
Pois se sabe: no governo ditatorial
Não há espaço para oposição e estupidez
Do contrário o destino é a masmorra, o xadrez

Por isso é muito difícil entender
O que há muito no Brasil se vê
Se a pauta é benéfica à população
Por que o obstar da oposição?
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil, em 28/04/2019.



sábado, 23 de março de 2019


Mar Cela


O mar e sua imensidão
A cela, um cubículo e restrição
O mar liberdade em incomparável expressão
Cela poucos metros quadrados de uma prisão

Ontem o exuberante mar do poder
Com o tripudiar sobre o humilde ser
A arrogância ao lado de desqualificados
Hoje a pobreza exaltada e eles trancafiados

Muito interessante ou mesmo intrigante
Ser o passo a passo do ente viajante
Num minuto trajando-se com o casaco do arrogante
Já prisioneiro no segundo ou minuto seguinte

A liberdade é maior e singular
Vale ouro, é joia cara em todo lugar
Cultivá-la só custa o bom se comportar
Recuperá-la só com milhões para comprar

HC não se encontra em super mercado
Para quem está e é livre, vale um fósforo queimado
Mas custa milhares para quem está encarcerado
E mesmo um minuto sem liberdade, não vale a pena cada $ roubado

Por isso reitero sem titubear
No meu  baú não há dinheiro
Mas posso ir a qualquer lugar
Com minha liberdade como valioso companheiro

Posso se quiser navegar, e até nadar no mar
Entro e saio de uma cela aqui, ali e acolá
No mar se quiser pego uma onda à vida festejar
E mesmo na cela posso gritar sou livre vou no mar banhar
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 23/03/2019


domingo, 17 de março de 2019


Liberdade e Emoção


Liberdade um valiossimo dom Divino
Entre outros que nos foram doados
Pelo Criador à nós, indistintamente presenteado
Ela se insere em todos os sentidos do viver
Liberdade de ir e vir
Liberdade de agora vou parar
Liberdade para dialogar
Liberdade para pensar
Liberdade para o que quiser imaginar
Liberdade para divagar
Liberdade para contestar
Liberdade para aceitar, logo concordar
Liberdade para aplaudir
Liberdade, óbvio para também apupar
Liberdade para sorrir
Liberdade para cantar
Liberdade para chorar
Liberdade para naturalmente viver
Liberdade para riqueza legalmente construir
Liberdade para se vestir
Liberdade até mesmo para se despir
Liberdade para a ordem e a lei respeitar
Liberdade para aprender e saber ler
Liberdade para interpretar o que leu
Liberdade para usar véu
Liberdade para compor e escrever
Liberdade de ter o mundo ao seu dispor
Liberdade de dedicar à natureza seu amor
Liberdade de poder voar sem ter asas à bater
Liberdade para assimiliar o saber
Liberdade para ver e enxergar:não sou o único aqui
Que só às aves foi dado o poder de voar
E depois do que acima registrei
Conto-lhes o que há pouco vi
E tomado pela emoção
Ao choro não resisti
Fazendo minha caminhada matinal
Ao entrar na Travessa Perebebui
Lateral da área do Bosque Rodrigues Alves
Observo um cidadão
Cabelos bem grisalhos
Um setentão com uma gaiola na mão
 Enjaulada nela uma pequena ave
Ele aproximou-se da grade de ferro
Imaginei: vai ali pendurar a prisão
Para amenizar no pássaro a tensão
Proximo ao verde da vegetação
Porém, acelerou meu coração
Com a seguinte interrogação:
E se ele veio soltar o indefeso pássaro?
Oferencendo-lhe novamente a plena liberdade?
Parei, aguardando o desfecho da cena poética
Para minha alegria ocorreu a segunda alternativa
O idoso outorgou ao bichinho o álvara de soltura
Abriu-lhe a porta da gaiola e o deixou ir para qualquer galho
E neste domingo foi em alguma árvore cantar
Não me contive e fui ao encontro do libertador
Parabenizei-o, agradeci pelo que me fez presenciar
E lhe contei de minha emoção
Disse-me ele: compro as aves na feira e venho soltá-las
É caro leitor, como visto nesse simples ato
Mas de um valor sem igual
A natureza criada por Deus
Não está totalmente perdida
Apesar das realidades ora vividas
Ainda há um caminho para solução
Enquanto houver uma digna alma a promover a liberdade
Com abençoado coração
Podemos pressentir que a liberdade com responsabilidade
Não será veículo para tudo destruir
Mas sob as bênçãos de Deus construir.
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 17/03/2019.